Jorge
meu amigo querido
Obrigada por estar conosco
e fazer parte desse grupo que tanto te estima.
Candy Saad
Quem é Jorge Linhaça?
R: Imitando Belchior: " Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem
dinheiro no banco
sem parentes importantes e vivo no interior" ( rs rs)
Jorge Linhaça, nasceu em São Paulo,
capital, em 17 de julho de 1961.
Formou-se em pedagogia, na UNICID- SP
É autor e/ou dirigiu várias peças teatrais premiadas
em festivais amadores
Foi membro fundador Academia Juvenil de
Letras no município de São Paulo
É Cônsul do Movimento “Poetas Del Mundo”
em Arandú-SP.
É o atual Presidente da AVPB –
Academia Virtual Poética do Brasil
É membro idealizador e ativista da INCAPAZ-
INCansáveis Amantes da Paz
http://incapaz.mywebcommunity.org/
É também membro das:
Sociedade Partenom Literário -RS;
Casa do Poeta Rio-Grandense -RS
AALZON-RS
Decano do Conselho e Delegado Regional do
Clube de Escritores Piracicaba- SP
Co-fundador da FALA-RS
Academia Poçoense de Letras-BA
Colunista semanal no Jornal “Democrata”
de São José do Rio Pardo.-SP
Colunista do Jornal Serrano, de Barros Cassal-RS
Cronista da revista eletrônica Paralelo 30
Desenvolve um trabalho de criação de poesias
infantis utilizado por professores em todo Brasil..
http://oreinoencantadodejorgelinhaca.synthasite.com/
Trabalhos Publicados em livro:
Antologia Letras Catarineses -2006
Antologia Nas Asas da Paz- - 2007
Antologia Poesia do Brasil vol VI- 2007
Antologia da Casa do Poeta Rio-Grandense-2008
'A Grande Jornada" - romance reflexivo disponivel para compras
diretamente com o autor.
Prefácios aos livros:
O Vôo do Menino Anjo- Badu- 2008- Editora Ottoni
Plenitude de Almas- Milamarian-2008- Editora Lulu.com
Em suas veias corre sangue poético hereditário ?
R: Se falamos de poetas anteriores a mim, desconheço-os, no entanto depois
que comecei a escrever, meu velho pai arriscou-se em dois ou três poemas,
meu filho
andou escrevendo alguma coisa e uma das filhas ( Ariel) também experimentou
fazer alguns versos.
Como e quando você chegou até a poesia?
R: Realmente não sei precisar com certeza as datas , mas foi por meados
da década de setenta, no século passado ( rsrs) poeminhas de dor de cotovelo
e amor platônico. A sério mesmo já foi neste século que me animei a
escrever,
ali por volta de 2003.
Como surgiu sua primeira poesia e se ela foi feita em momento de emoção?
R:Decididamente não me lembro de meus primeiros rabiscos poéticos, mas por
certo
foram por causa de alguma paixão platônica da adolescência. Lembro-me sim de
um concurso de poesias no qual me inscrevi com dezenas de textos e justamente
um
dos que considerava sem pé nem cabeça, chamado discoteque ( um aglomerado de
palavras
verticalizadas sobre a "onda" do momento, rendeu-me a classificação em
segundo lugar
entre centenas de participantes , uma apresentação teatral da mesma e
elogios que até
hoje não entendi completamente por parte de uma das juradas que não se
conformou
com o fato de eu não ter sido o vencedor na ocasião...Sinceramente não dei
bola e apesar
de isso ter me rendido meu primeiro ingresso em um academia de letras,
voltei lá uma ou duas
vezes. Minha prioridade sempre foi o teatro.
Qual o seu tema preferido ?
R: Não tenho temas preferidos, gosto de estar sempre em ebulição falando
sobre coisas que quase
ninguém se atreve a falar. Gosto de poesia social embora tenha a convicçãode
que " não dá ibope".
Escrevo bastante sobre amor e saudade, mas apenas por que são, para mim,
temas extremamente fáceis, não
envolvem pesquisas como os outros.
Para mim uma imagem qualquer é o bastante para criar uma poesia, como a
maioria das imagens que vemos
são românticas acabo escrevendo nessa linha.
Mas o que me dá prazer mesmo são as imagens mais chocantes do dia a dia, são
um desafio interessante para
a criatividade poética pois não é tão fácil poetizar uma bala perdida ou uma
tragédia social sem perder uma
certa leveza ou lirismo.
É romântico ? Chora ao escrever?
R: Romântico eu sou, mas não me lembro de chorar ao escrever senão em casos
muito específicos como
o poema que fiz para minha falecida mãe. Já me emocionei outras vezes com
alguns comentários agradecidos
pelo fato de determinado poema ter feito a diferença na vida de algumas
pessoas em momentos específicos.
Qual sua religião?
R: Atualmente não pratico ativamente nenhuma religião mas sou por conceito
"mórmon", ou seja,membro de " A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias".
Um Ídolo?
R: Não tenho ídolos, tenho referências, o que é bastante diferente. Ídolos
tem a conotação
de infalibilidade e as pessoas tendem a perder a capacidade de diferenciar o
ser humano,
sempre falível, da obra do indivíduo.
Poeticamente minha referência é Gregório de Mattos, pela sua pluralidade de
temas e coragem
de retratar a sociedade de sua época sem se importar com as pressões dos
poderosos.Fora da poesia eu citaria Mandela e Gandhi.
Na literatura: Monteiro Lobato, Ziraldo, Maria Clara Machado, José Mauro de
Vasconcelos,Paulo Gonçalves, Julio Verne, Emile Zola, Alexandre Dumas, Vitor
Hugo, Dante Alighieri e vários outros
Você lê muito? Qual seu autor preferido?
R: Hoje leio bem menos livros do que gostaria, creio que me cansei um pouco
depois de ler todos os clássicos
durante minha adolescência. Não sei precisar quantos livros já li ao longo
de minha vida mas foram centenas.
Atualmente estou relendo Dante Aliguieri, " A divina comédia".
Meu gosto pela literatura é bastante eclético e seria impossível determinar
um autor preferido pois cada qual
tem seu valor agregado dentro de sua área de atuação. Só para exemplificar:
Como comparar Lobato com Piaget?
Ziraldo com Og Mandino?
Quais seus sonhos como poeta?
R: Como poeta o meu único sonho é fazer a diferença na vida das pessoas,
fazendo-as refletir sobre
a sociedade e os relacionamentos. Claro que gostaria de ver um maior
interesse pela poesia em nosso país.
Goataria de ver surgir editoras que não tratassem os poetas/escritores como
idiotas agindo como exploradores
da mão de obra literária sem lhes dar o mínimo respaldo. Claro que gostaria
que o mercado literário
brasileiro não estivesse nas mãos dos mafiosos da mídia e das grandes
editoras e livrarias que impõe os autores
que lhes interessam ao público em geral. Mas isso sim é um sonho, já que os
poetas/escritores em geral, se contentam
com esse estado de coisa e, via de regra, se recusam a debater o assunto
alegando que " escrevem sem pretensão".Oras se não tem pretensão alguma, escrevem em vão, isso portanto é um
equívoco. O que acontece aqui na internet
é que os poetas em geral, se contentam com alguns aplausos virtuais e ,
justamente por isso, não saem da mesmice.
Meu sonho seria ver os poetas agindo como poetas, assumindo seu papel
enquanto agentes culturais e não apenas
como versejadores de um confessionário íntimo.
Como e onde surgem suas inspirações?
R: Nossa...nestas horas gostaria de ser mais comum ...
Bem, minhas inspirações surgem de fatos vistos , vivenciados ou imaginados.
Uma frase, uma imagem, uma pesquisa , uma melodia...qualquer coisa.
Por vezes a inspiração vem espontaneamente mas na maioria das vezes ela é
fruto
de uma busca por algum tema. Como eu já disse anteriormente, não gosto de
ficar
preso a temáticas comuns, no meu ponto de vista a poesia é uma ferramenta de
ação sócio-educativa, portanto há que se ter a responsabilidade e desejo de
usar a
poesia como caminho alternativo para partilhar conhecimento.
Você já escreveu algo que depois de divulgado tenha se arrependido?
R: Em termos. Não me arrependo do que escrevi mas teria escrito algumas
coisas de uma maneira diferente. Ser conciso e direto gera uma certa repulsa
de parte de quem não está preparado para pensar sobre determinados assuntos.
Como é para você "amar"?
R: Parafraseando Djavam :
" O amor é como um laço, um passo pr'uma armadilha
Um lôbo correndo em círculos, pra alimentar a matilha.
Comparo sua chegada , com a fuga de uma ilha
tanto engorda como mata, feito desgosto de filha"
O amor é sempre uma armadilha da qual não queremos escapar,
alimenta nossa alma e, como lobos, vivemos a buscá-lo incessantemente.
Quando encontramos o amor, abandonamos nossa ilha de segurança
e nos entregamos a todos os riscos decorrentes do mesmo.
O mesmo amor que nos fortalece pode ser aquele que nos faz definhar.
Amar é uma necessidade constante, seja ela real ou imaginária, por isso
os poetas se embebedam de sentimentos e o idealizam, procurando
definições e metáforas capazes de pálidamente defini-lo.